sexta-feira, 26 de julho de 2013

Ser do Sertão






                                                                                “O Sertão é do tamanho do mundo”  Guimarães Rosa 

Nalgumas noites brancas, eu me deparo recostado à parede, olhando ao redor, vendo a cidade toda brilhando da minha varanda. Vaga-lumes de concreto, estrelas artificiais deste moderno mundo arcaico!

Carros, quais cavalos de raça, cruzam as avenidas em desesperada velocidade, cavalgam rumo a um tráfego convulso e desequilibrado. 

O Vento, sem pedir licença, bate no meu rosto! Ninguém percebe, mas ele tem um gosto de Sertão. Certamente veio galopando de minha terra, por entre carnaúbas, xiquexiques e macambiras.

É esta ventania sertaneja que teima em me lembrar de que mesmo em terras citadinas, eu daqui não sou.





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