sábado, 17 de março de 2012

Embriaguez



Hoje, senti um imenso desejo, uma grande necessidade de escrever. Aliás, não era necessidade, era algo como vontade, gula, tesão.

Sem muita preocupação com as palavras e com a forma, deixo os meus dedos escorrerem pelo teclado digitando loucamente, freneticamente, só por escrever, como quem morde uma maçã madura, como quem com os olhos em brasa despe vorazmente o corpo da pessoa amada.

- Cintilam no céu distantes astros, brincam de iludir os poetas e os apaixonados. Recito sem emoção nem embargo na voz, recito pelo simples prazer de ver o belo escorrer da minha boca. A beleza é como uma bebida forte, que se bebe em intervalos, de bocados em bocados, para não morrer!

Senhores! Senhoras! Aqui vos fala um bêbado, que contra toda a prudência, toda a metafísica, bebeu toda a madrugada de um só gole. E Por isso canta para as estrelas, Por isso planeja seriamente casar com a via láctea.

Não vos enganeis! Não sou carne, nem sou sangue, poesia é o que Sou! E se um dia eu morrer, é para enfim tragar o infinito de uma só vez.

3 comentários:

  1. Que bebamos, então, que nos embriaguemos, se o resultado nos fará ansiar por ver o belo escorrendo de nossas bocas!
    Muito bom, Álvaro! Adorei!

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  2. Brindemos a esse momento tão fértil! Parabéns, Álvaro!

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  3. Olá! Muito obrigado Jehssyca e Nilza. Fico feliz que tenham gostado! ;D

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