domingo, 26 de junho de 2011

Libertação



Meu amor, hoje eu me despirei de tudo, irei loucamente dançar desnudo nessa rua deserta, e se aparecerem curiosos que venham dançar, dançar, dançar que o resto é barulho, é fumaça de carro trazida pelo vento.

Meu amor, meu xodó, esquece essa preguiça, esse medo do novo; essa dúvida caduca e ranheta. Vem dançar! Tango, forró, maxixe, bolero, dois passinhos para a direita, dois para a esquerda. Se não sabes fazê-lo, pula, grita, esperneia, vive!

Ouve meu dengo, já se aproxima a afável poesia desta noite, vem cavalgando seu corcel branco, seios desnudos, cabelos dourados, olhar fulgurante.

Não adianta me segurar, chamar a policia o exército meu analista. Ao inferno todos eles! Hoje eu esqueço meus problemas, minhas dívidas, meus desamores, meus desencantos. Hoje a pasárgada prometida, a terra de além-mar é chegada, chega de tristeza, chega de moleza. Agora é vida noves fora vida!

Carinhosamente,

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